domingo, 16 de dezembro de 2007

Ryan Gracie apesar de tudo um heroi (Pai)



Apesar de seu filho ser alvo de várias acusações e de ter morrido dentro de uma cela de delegacia, o pai de Ryan Gracie, o professor de jiu-jítsu Robson Gracie, disse que considera o filho um dos heróis da tradicional família. Visivelmente emocionado, ele chegou ao cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul do Rio, por volta das 2h deste domingo (16) para acompanhar o velório do atleta, que acontece na capela 3.


“Estou vindo lá de cima agora (da capela), onde meu filho está descansando, dormindo, de quimono. E eu fico vendo que a vida dele de 33 anos é uma viagem que ele encerrou há pouco tempo, que se encerrou como um herói do ringue. Alguns percalços, com algumas coisas contra, mas ele foi um dos heróis da nossa família. Ele era um Gracie”, disse Robson, logo após sair da capela.






Acúmulo de pânico
Robson mostrou-se indignado quanto às suposições que rondam sobre o nome de seu filho. Ele justificou os crimes praticados por Ryan como um “acúmulo de pânico”, diagnosticado há vários anos. “As pessoas tem que buscar o porquê antes de falar. Ryan sofria de um acúmulo de pânico, diagnosticado já algum tempo por uma psicóloga minha amiga. Ryan fugia dele mesmo”, disse.


Ele ressaltou que Ryan “se recusava a fazer um tratamento mais profundo. E a psicóloga não conseguiu chegar a uma conclusão sobre as causas da sua doença. Mas eu digo o seguinte: Ryan foi feliz. Viveu de acordo com o que a gente pensa. Acho que ele fez com 33 anos o que muita gente com 100 anos não faz. Viveu intensamente. Amou e foi amado. Para mim foi um Ulisses, que fez toda aquela jornada e acabou com sua Penélope. O que um homem quer mais?”, disse.


Robson não quis falar sobre o envolvimento de drogas de seu filho. Ele saiu do cemitério por volta das 3h10 para descansar em sua casa. O enterro está programado para as 12h30

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